Leitos de hospitais na penumbra da morte. Um açoite, uma emboscada. Pernas quebradas, cabeças baleadas, velhos andando de mãos dadas em direção ao nada, o sangue sendo colhido numa seringa transparente, o soro pingando gota a gota direto nas veias. Eu vejo dor, eu vejo o desespero, eu sinto a senhora morte açoitando-me enquanto peno em cima de uma cama hospitalar jogada ao esquecimento num corredor qualquer, cheio de desgraça em volta. Não há muito o que se dizer... depois desta noite, não mais.
Olhos de tormento. Esquecimento. Lágrimas. Gritos. Sorrir, não mais!
A vida já tomada pelo tempo é a única coisa sã em Sra. Benedita; vulgo: Leito 14.