Silêncio,
Nada?
Algo mais a ser propagado?
Algum som de lástima?
Um suspiro reforçado?
Um alívio?
Um murmúrio?
Um grunido de fúria?
Um soluço de choro engasgado?
SIlêncio...
O que há mais a ser dito?
Às vezes é simplesmente calmaria,
É repouso e, de fato, paz (quem diria?),
Por outras é angústia
É falta de tato,
Contato humano.
Mas há também o contrário,
Quando pensa-se que machucará mais com palavras
Do que com o consumado espaço
Isento de ondas sonoras.
Inerte, o silêncio prepondera sobre as palavras
Em inúmeras ocasiões
E sempre deixa um ar desmotivado,
Uma busca por razão,
O silêncio machuca,
Agride,
Tortura quem não reconhece o seu motivo,
SIlêncio é o que é,
Só não cabe a nós entender o porquê ainda.