Inércia Sonora
Giordano
Tipo: Lírico
Postado: 17/04/17 08:38
Gênero(s): Cotidiano Poema
Avaliação: 10
Tempo de Leitura: 46seg a 1min
Apreciadores: 8
Comentários: 2
Total de Visualizações: 925
Usuários que Visualizaram: 16
Palavras: 125
Livre para todos os públicos
Capítulo Único Inércia Sonora

Silêncio,

Nada?

Algo mais a ser propagado?

Algum som de lástima?

Um suspiro reforçado?

Um alívio?

Um murmúrio?

Um grunido de fúria?

Um soluço de choro engasgado?

SIlêncio...

O que há mais a ser dito?

Às vezes é simplesmente calmaria,

É repouso e, de fato, paz (quem diria?),

Por outras é angústia

É falta de tato,

Contato humano.

Mas há também o contrário,

Quando pensa-se que machucará mais com palavras

Do que com o consumado espaço

Isento de ondas sonoras.

Inerte, o silêncio prepondera sobre as palavras

Em inúmeras ocasiões

E sempre deixa um ar desmotivado,

Uma busca por razão,

O silêncio machuca,

Agride,

Tortura quem não reconhece o seu motivo,

SIlêncio é o que é,

Só não cabe a nós entender o porquê ainda.

❖❖❖
Notas de Rodapé

Tentando voltar a escrever, agradeço a quem chegou até aqui. ^^

Apreciadores (8)
Comentários (2)
Comentário Favorito
Postado 12/09/17 15:51

O eterno repouso no mar silencioso. Parece que quando as palavras calam, torna-se mais árduo ver com beleza qualquer coisa. Chega-se até ao ponto da desistência, por causa do longo silêncio agudo que se faz no peito.

O eu-lírico parece ser torturado por uma inércia silenciosa que não lhe permite sair do ponto em que parou. Com isto, resta-lhe apenas ser bombardeado com dúvidas e incertezas sobre algo que não compreende. Contudo, o final do poema nos leva a pensar que mesmo algo assim acontecendo, existe algo mais profundo. E que não cabe ao nosso querido eu-lírico compreender agora.

Como sempre, surpreendendo nós leitores com suas obras maravilhosas. Nunca deixe de escrever, Gio. Os melhores escritores passam pelos maiores bloqueios, não se esqueça.

Parabéns pela obra!

#ad01-23/98

Postado 17/04/17 22:21

\\o Que bom que voltou a escrever!

Os versos me lembraram a uma situação de não conseguir escrever nada... o silêncio num sentido bem geral, mesmo. Não sei se de repente você não quis dizer exatamente isso...

Muito bom!