Acordo às 5:30 da manhã, onde falsos passarinhos cantam no meu despertador.
Desligo o céu de estrelas e abro as janelas da realidade, mais um dia longo eu teria.
De relance encaro um véu infinito azul pretolado... Ou seria preto azulado?
De qualquer forma, tomo um banho sob nuances do azul avermelhado até o amarelo alaranjado.
Como sempre, seria uma entrona, pegaria uma carona e sentaria na poltrona até a escola.
Rio escandalosa como no tom de rosa junto aos professores, zoou discretamente como no cinza de quem mente os diretores e aprendo algumas matérias, jogando verde o modo aprendiz.
Por fim volto caminhando, conforme a vida ia me julgando, testando meus limites a perspectiva de aproveitar o cotidiano.
Chego em casa, a família já roxa de cansada, unida sobre a mesa de jantar com alguns sentados no sofá ( sempre tem os diferentões).
Por fim deito sobre a cama, abro um sorriso sacana, contemplo minha amiga "Maria Lua" deixando o céu com seu simplório tom prateado, durmo então maravilhada.