Garoto-Lobo, você atravessou a floresta de espinhos
E as pontes levadiças
Garoto-Lobo, eu sou agora sua fada-lua-dos-olhos-verdes?
Despertaste em mim, meu instinto primitivo,
Minha selvageria, aquela que eu invejava nas músicas punks
E nos seriados aluscinantes sobre adolescência
E eu que nem bebo, nem fumo, nem transo e nem caio pelos cantos,
Me sinto entorpecida pelas nossas possibilidades.
Pois elas ardem.
Inflamam minha pele,
Minhas coxas,
Meu peito
E minhas bochechas.
Olá, motivo do aumento da minha rosácea.
Uivastes para a minha noite enluarada
Estremecestes a terra a qual eu habito,
Fez meu Sol nascer empoeirado,
Menino-Lobo dos dentes claros
Eu tenho medo de estar confiando
Neste ser noturno e vultuoso
Como um dilúvio
Talvez eu possa crer,
Que és de fato, diferente,
Que és de fato, assim como eu
Uma alma boa e inconsistente
Espero que não seja,
O lobo faminto que rasga as árvores
E abocanha meu coração,
Que você não esteja no topo
Da minha lista de romace-decepção.
Pois você aflora os meus nervos mais controlados,
Você atiça meus olhos
E a minha pele, e o meu cheiro
Você embrasa minhas estruturas ósseas
Você me faz querer rir,
Chorar,
Gozar a noite toda,
Correr por sete léguas,
Provar dos seus sabores,
Sentir-te entre as pernas,
E entre as veias do meu corpo,
Você me faz estar perdida, flutuando entre os sonhos
Me faz escrever estas coisas sem sentido,
Mas não se sinta constrangido,
Se um dia descobrir que estes versos são para você.
E que fizeste a minha Huldra renascer.
E a sexta 7, será a nossa.