Capítulo Único
Eu - Fragmentada
Opero as emoções
Com cal e pedras duras
Cavando um buraco subterrâneo
Para que a sete palmos eu mesma me enterre.
Não consigo romantizar a vida.
Não posso escrever sobre amizade,
Natureza, aurora ou coisas similares.
Isto não é de mim. Jamais.
Debulho fome, dor, solidão...
Pentes que já acariciam uma calvície
Vazia de emoções eternas.
Sou nada,
Na instancia que tudo sou
Porém, a controvérsia do mundo
Me forma numa completa acentuação
De pessoa sã.
Vago...
Milhas terrenas,
Batendo ao solo, solas de pés honrosos
E não há vergonha em minhas derrotas,
Pois toda perda acumulada
Foi uma poesia a mais escrita.