Dor mente
Andréia Kmita
Tipo: Lírico
Postado: 01/03/17 11:05
Editado: 16/03/17 15:47
Gênero(s): Crítica Poema
Avaliação: Não avaliado
Tempo de Leitura: 39seg a 52seg
Apreciadores: 3
Comentários: 3
Total de Visualizações: 953
Usuários que Visualizaram: 9
Palavras: 105
Livre para todos os públicos
Capítulo Único Dor mente

Sentenciados foram no tempo

Há séculos aprisionados

Sem grades grossas

E chaves de aço.

Nenhum ser de tristeza morreu

Sem notar do céu

A solidão calcificada

Do sol e da lua.

Surge d’alegria um,

Enquanto a outra parte

Despede-se.

Inevitável melancolia

Visível dor contida

Na beleza escondida

Alastrada na escuridão

Da noite.

Não enxergastes

Um palmo!

Insensível união

A tua.

Ficastes cego!

Ofuscado pelos raios

Que te atravessaste

O peito.

Deixastes de lado

O pouco tempo

Entre claridade

E obscuridade.

Viveste só,

Espelho

Joias

Carros.

Deixastes os detalhes

Tão sublimes do amor

Ocultados na dor

Do amor aparente

Que fica dormente

No coração

Da lua.

❖❖❖
Apreciadores (3)
Comentários (3)
Postado 28/01/19 19:05

A sensação que dá é de que se trata de uma relação matrimonial, cujos envolvidos estão presos na falta de amor e logo, condenados a uma vida "estabilizada" e dor-mente. Pois não rola sentimento para se sofrer nem há iniciativa para que tal condenação acabe. Ou talvez seja nada disso rs

Mas de qualquer forma, meus parabéns pela obra. Uma bela e melancólica obra ♥

Postado 24/03/19 11:10

Seu sexto sentido é extraordinário, vistes mais longe que outros, pois seu olhar é cheio de sinestesia... Obrigada pelas palavras.

Postado 29/01/19 00:33

Que belo poema! O final deixou meu coração um pouco quentinho.

Meus parabéns ♡

Postado 24/03/19 11:11

É o que nos leva a ler mais, escrever mais... sensações que nos norteiam, silenciosas e gritantes de nós e do mundo.

Postado 02/03/21 05:36 Editado 02/03/21 05:37

Inimaginável como a solidão é capaz de demonstrar tamanho poder. Uma força tão infiltradora em uma vida a dois, num laço que possuia justo como premissa a blindagem contra a própria solidão. Irrevogavelmente paradoxal. Excelente leitura, minha cara Andreia. Agradeço imensamente pelo deleite.