Ah, o carnaval...
Faz lembra-me de “anal”.
Por isso dessa vontade sem igual
De falar sobre um bom sexo animal.
Pinto e perereca,
Dois bichos que nada se espera,
Salvo apelidar o senhor Careca
E a moça escondida na floresta.
Eles se encontram casualmente,
Mas é impossível não passar em mente
Que esse estranho casal aparente
Divida diariamente a cama e o pente.
Que dupla entrosada!
Como lobos em uma caçada,
Pulam, rolam, mordem, dão rabadas.
Só param quando a fome está saciada.
Não importa a época do ano
Os encontros acontecem nem que sob um pano.
Mas é no carnaval urbano,
Que os bichos vão para o mundo profano.
Unidos pelo prazer,
Não importa espécie e como fazer.
O sexo se torna um dever
E no carnaval não há o que temer!