Esquizofrenia
Francisco Calado
Tipo: Lírico
Postado: 27/02/17 05:37
Editado: 27/02/17 05:48
Gênero(s): Poema
Avaliação: Não avaliado
Tempo de Leitura: 28seg a 38seg
Apreciadores: 6
Comentários: 3
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Palavras: 76
Livre para todos os públicos
Capítulo Único Esquizofrenia

Voz das paredes

dos tijolos, do concreto;

som de cores opacas

refletindo os dias;

não a dos grimórios,

das mortas magias;

voz direta, da libido

criada em arranha-céus;

de louco, do encarcerado

na jaula de seus ossos;

de peito mudo

e lóbulos que piscam;

de esquizofrênico

e insano voluntário;

de um remédio turvo

que também veneno.

Essa voz é hora tinta,

hora pauta, hora abismo;

é uma voz de mil vozes

e cismas do homem só.

❖❖❖
Notas de Rodapé

....um poema depois de um longo hiato.

Apreciadores (6)
Comentários (3)
Postado 27/02/17 06:18

Eu tive uma experiência pessoal envolvendo a loucura de outrem, ainda bem vívida em minha mente doentia. Desde então, sempre tive um misto bizarro de temor e fascínio pela insanidade e seu poema me arremeteu àquela época sombria e inexplicável...

Belíssimo trabalho de regresso, Sr. Calado! Que seja a primeira obra pós-Hiatus de muitas!

Atenciosamente,

Um ser que também as ouve, Diablair.

Postado 28/02/17 19:54

E ele voltou!! Amém!! E voltou com um estilo que eu amo! <33

Postado 17/10/22 07:27

Esse texto é pessoalmente complicado para mim.

Mas de algum modo gostei imensamente de ler essas linhas e ter certas memórias...