Sou parte da Teoria do Caos.
Sou uma conspiração, uma mudança de rumo, um desvio na estrada, uma placa ao contrário, sou o que chamam de temporal. Sofro mutações, transformações, mas das cinzas vim, para as cinzas voltarei.
Esses olhos, oh, terríveis olhos castanhos, da cor da tempestade, eles mostram o caos, mostram minh'alma.
Sou um efeito borboleta; vivo a Lei de Newton, sob o princípio da ação e reação, nada em meu espírito é permanente, eterno. Estou, inevitavelmente, sobre constantes modificações. Não possuo somente uma forma de pensar e sim, várias. Sou uma flor desabrochando, uma vida sendo formada, sou um colapso, pois a vida, em si, é imprevisível.
E ao olhar-me naquele espelho diante de mim, eu podia visualizar a alma de uma borboleta, uma borboleta que, pelo simples bater de suas asas, poderia desencadear tragédias, pois eu altero o tempo e o espaço. Sou indefinível, impossível de se decifrar.
Mas o meu sorriso, minhas lágrimas, cada respiração que faz-me sobreviver, cada sopro de vida dentro de mim, cada piscar de meus olhos... A minha vida tira outras, modifica o mundo.
Não somos insignificantes, sorrisos salvam almas, e acredito que dessa vez, é a minha própria que salvo.