Amada Coerência
Andréia Kmita
Tipo: Lírico
Postado: 20/02/17 23:00
Editado: 20/02/17 23:03
Gênero(s): Poema
Avaliação: Não avaliado
Tempo de Leitura: 1min
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Palavras: 172
Livre para todos os públicos
Capítulo Único Amada Coerência

Não sai da minha mente,

Está morando aqui dentro

Impregnada paz atraente

dos vulcânicos sons adentro.

Gemidos, suculentas vozes

Meticulosamente ferozes,

Hipnotizam em silêncio o transe

como se houvesse no quarto kamikaze.

Mesmo que outrora esteja morto,

Despertar-me-á teu corpo

Num súbito e empolgante giro

Do espaço, das páginas que suspiro.

Logo, presença não negue,

Não seja tão cruel e se entregue

Ao menos, deixe perfume no travesseiro

Qual tomarei como troco mensageiro.

Não entendo viver essa agonia

Em deixar lembrança e biografia,

Em fazer da fragrância um marco

E da euforia bálsamo do narco.

Não invento domínio em mim

Ó natureza rude, tome enfim

passos, pastos e longínquos rumos

embriagados, pobres resumos.

Sinopse dos momentos carnais,

Somente eles e nada mais

na empolgante certeza do jamais,

Assim, viajaremos sem temporais.

Levando conosco todo torpor do amor

raso embalo, um boicote a esperança

Do triste regalo das velas na dança,

Não mais que insolente vapor.

Agora te vejo solúvel

O que dantes não acontecia

Sinto pelo erro volúvel...

Serás minha amada coerência.

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