Há algo singelo na descoberta,
na mutação sons,
na janela aberta
o cheiro dos tons marrons.
Longe de ser um cangaço,
traz o contraste no traço
e dissemina a flagela ideia
de desafeto e impureza véia.
Esta iluminada paisagem
simplesmente virou plateia
das pernas que ali perpassam
de todo mundo,
do mundo todo.
Na difusão das cores
a imagem se transforma,
a paisagem vira pintura
de amores, valores
e olhares...
Um quadro de parede,
nem de canto,
nem encosto...
Idolatrado!
Tão digno da mais bela gravura!
tão solitário ao apagar da lua.
Até mesmo vivo ao vento,
expressa beleza não rara.
Vida...
Viva!
Em movimento...
Bem ali!
Doces são os mandamentos
que não ditam ordenamentos
nem obstruem os pensamentos
dos pobres versos meus.
Se pudesse parar o tempo
bem lá, naquele momento;
diria a todo bom cidadão
espia só mermão!
Não é conselho, nem doação!
É um desviar dos olhos
não de assombros.
Vamos, tira eles do chão!
Dê um segundo
do soprar das velas.
O verde e amarelo,
Meia paz do azul.
(A.K.)
Rio de janeiro/junho/2015