Ela veio com sua voz pálida
E com seus olhos vívidos
Veio com mãos irritadas que amam dançar
Perambular pelo ar
Ela veio entonando, com jeito de quem explode
De quem sacode meio mundo,
Mas continua no lugar
Ele veio magra, mas com um mundo inteiro
Dentro da garganta
Roucamente sóbria
De tanto cantar
Ela, sim, ela novamente
Ela veio costurando as estrelas
E o luar
Ela, loucamente,
Veio saudando a natureza,
Com suas pernas fracas
Prontas para nadar
Ela, mais uma vez,
Veio até mim
Se encostou às minhas paredes
E aqui, ela decidiu morar.