Tinha o costume de esperar muito
de quem nunca soube
as dimensões de meus problemas.
Às vezes questionava porque logo a mim,
que muito o ombro cedia,
ombro sempre faltava.
Descobri que ceder o ombro
é parte de quem eu sou.
As pessoas não são iguais a mim
e eu precisei lidar com isso.
Tive a fase de me trancar
em meu mundo
um universo particular
um livro criptografado.
Hoje eu me refugio nas poucas pessoas
que pra mim já são abrigo.
Sophia, não precisamos de meio mundo,
só precisamos não ser mudos sobre tudo o que sentimos.