Ainda lembro-me de vez em quando
ao som sinfônico de um jazz brando,
os meus alentos nos bons momentos
em antemão aos verdadeiros sentimentos.
Rígidos por si, fez-me um homem triste
eu fiz de tudo, amei com tudo, amei por dois
e tu apenas deu de ombros, riste,
continuei sem pensar no que viria depois.
Não houve, nada veio, apenas se deixou ir.
Dentre minhas fantasias, internas, seletivas,
onde meu coração festejava memórias vivas.
Tu já as tinha matado, quando decidiu partir.
E encontrou-se com outros amores,
entregou-me uma grande carnificina,
deixando para trás apenas uma resina.
Estariam mortas as nossas flores.
Em que ponto o amor passou a ser desejo?
lembro-me apenas de um pequeno lampejo
onde soltava minhas mãos com os olhos em outro lugar
desejando tornar-se de outro homem um mar
onde lhe daria muito tesão, paixão, o que for,
mas nenhuma vez foi, nem seria, amor.