A solidão que me aflige, paira sob teu penar
E uma certa noite raivosa, destruo o quarto sem pensar
Os olhos lacrimejavam, sem que percebesse a tristeza
E os teus sempre brilhantes, me'olhavam afoitos mas com sutileza
Meu amor, minha vida
Meu tudo, minha querida
Meu futuro, minha música
Meu passado, foi súbita.
No bar eu só pensava, em ti e por ti
Em casa eu esquecia, contigo e comigo
Das vezes que amamos, sem eu e com meu
Sempre na calma, contradiz e diz.
Porque fizeste isso em mim?
És uma afronta ao meu ego
Fostes fiel ao meu alter-ego
Acabaste com meu superego.
As marcas dos sexos feitos às seis da tarde
São agora, lembranças
Muito bem, transas
A cicatriz feita nas costas ainda arde.
E na calada da noite, suspiro
E na calada da noite, choro
E na calada da noite, morto
E na calada da noite, respiro.
E na calada da noite, você me deixou.
Amaldiçoou. Esquartejou. Triturou.
Pelos céus! Cadê você que não no meu sexo?
Pelos céus! Cadê você que não no meu colo?
Desculpe, ainda que tarde.
Se foi, eternamente. Se foi.