Amá-la, digo...
Francisco L Serafini
Tipo: Conto ou Crônica
Postado: 07/12/16 10:16
Avaliação: Não avaliado
Tempo de Leitura: 2min a 3min
Apreciadores: 2
Comentários: 3
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Usuários que Visualizaram: 13
Palavras: 462
Não recomendado para menores de dezoito anos
Notas de Cabeçalho

Pois bem, saiu isto aí. Atentem para a classificação indicativa e para os gêneros. Coisa boa não é.

Capítulo Único Amá-la, digo...

Ela é tão linda. Lembra-me uma manhã de primavera, em que acordo com o cantar dos pássaros e, ao abrir os olhos, vejo borboletas voando sobre minha cabeça, vindas pela janela do meu quarto após uma longa viagem sobre o lago azul e o gramado verde que cercam a pequena casa de madeira no pé das montanhas da remota região do país. Sim, ela é muito linda, muito mais linda do que qualquer coisa que possa existir.

A noite, coloco minha cabeça no travesseiro, fecho os olhos e começo a pensar — minto, continuo a pensar — na linda garota que me cativa. Imagino-me com ela passeando pela rua mais iluminada de uma grande cidade americana; ela está vibrante, com os dentes visíveis e com a luz de seu olhar tão forte que chega a ofuscar os grandes letreiros no alto dos prédios. Vejo-me entrando num desses prédio, de forma sorrateira, com ela me seguindo, curiosa para saber onde pretendo a levar. Tomamos o elevador e descemos para o segundo subsolo. Ela está tremula de ansiedade e, assim, agarra-se em mim e me dá um beijo para aliviar a tensão. Meu Deus, isso me deixa maluco!

Minha mente trabalha fortemente e me coloca em situações cada vez mais intensas, mais prazerosas. Pululam imagens em minha cabeça e sou levado ao mundo das realizações, onde quebramos a janela de um carro e nele entramos. No prédio, no subsolo há pouco movimento nesse horário e, assim, ninguém poderá nos incomodar. Ah... eu vejo meu corpo sobre o dela, enquanto a beijo do pescoço à orelha; são beijos quentes, molhados, apaixonados. Minha mão esquerda, curiosa como é, já invadiu a saia e está em contato com a calcinha molhada dela. Meu Deus, como controlar meus instintos?

Percebo que querer controlar o meu verdadeiro eu é uma grande besteira e, enquanto a beijava e a excitava com toques rápidos em sua vagina, com a mão direita pego um caco de vidro e cravo em seu pescoço. Meu pênis, já duro, ejacula ao ver tanto sangue jorrar. Ela não consegue nem gritar de tanta emoção. É o ápice do nosso amor.

Mas de supetão, meus olhos abrem, vejo-me sozinho no meu quarto, e, então, percebo que, novamente, vivi um grande momento somente na minha imaginação. Odeio quando isso acontece, pois acompanhado da frustração, vem um forte sofrimento. Minha cabeça que me deliciava, agora me destrói com a realidade da garota que me fascina; lembra-me que ela, nesse horário, dever estar no cinema com aquele Zé Roela com quem escolheu viver.

Ela, que é tão bela, jamais passou pela porta, imagina, então, pela janela. Trocaria a vida de qualquer borboleta que invade quartos na primavera pela presença dela em minha cama. Assim, e somente assim, eu poderia matá-la, digo, amá-la.

❖❖❖
Notas de Rodapé

Bah...

Apreciadores (2)
Comentários (3)
Comentário Favorito
Postado 09/12/16 01:36

Olá.

Eu achei que estava tão bom e do nada o texto toma outras proporções, forçadas ou não... Lembrou algum livro daquelas séries "Crossfire" que você encontrava há um certo tempo, só que com um terror trash.

Fora isso, esse questionamento de morte ou amor é sempre bem vindo, gostei do uso dele.

Obrigado pelo texto.

Postado 04/01/17 12:52

Olá.

De fato tomou outras proporções, mas não foi lá forçado; surgiu na mente e eu escrevi, sem medo, sem censura. E aí, como tenho uma cabeça meio instável, que dias é grotesca e dias é amorosa, saiu isso, hehehe.

Teu comentário me fez me lembrar dos filmes pornochanchada, que era uma putaria barata, hehehe.

E um questionamento? Hum... interessante essa tua visão do texto, hehehe.

Eu que adradeço pelo comentário sincero e construtivo! Obrigado!

Postado 07/01/17 23:47

Fiquei lendo os primeiros parágrafoso procurando o terro, pois tava muito amorzinho para ser desse gênero! Achei legal haha Tu sabes que eu curto teu estilo xD

Postado 15/11/17 12:56

Hehehe. De fato, o terror tardou, mas não falhou.

Obrigado pelo comentário.

Postado 14/11/17 20:25

Nooossa!!!!

Haha que texto ótimo!

O começo tão meigo, tão romântico, tão fofinho... Eu estava doida pra parte de terror começar!! E na hora que começou... PQP foi fantástico!!!

Só fiquei triste quando descobri que só aconteceu em sonho...

Adorei o título também, muito engraçado ao ler a última linha HAHAHAHA

Você é um autor mais do que incrível...!!

Parabéns por escrever obras tão boas!! <3

Um abraço, Meiling!!

Postado 15/11/17 12:58

Pois é. Escritor de meia tigela é isso aí: apela para sonhos. Sinto em entristecê-la.

No mais, vi que teve reações de satisfação e alegria e presumo que tenha de fato gostado, embora um pouco frustrada.

Acho, portanto, que o resultado da obra é positivo, heheh.

Muito obrigado pelo sincero comentário!

Postado 16/11/17 18:46

Com certeza o resultado da obra é super positivo!! Gostei, de fato! :)

Pois nem chegou a ser uma verdadeira frustração, foi apenas uma surpresa rsrs

E ah, esse seu textou lembrou-me um do Diablair, não me recordo do título, mas era sobre um aluno que tinha matado o professor e os coleguinhas (se não me engano), mas no final era só um sonho... haha