Não faz muito tempo que chequei até esta maldita escola. Mas digamos que meus pais me obrigaram a todo custo a vir aqui fazer novas " amizades ". Dizendo que aqui todos são falsos, chamando suas cobaias de " amiga ".
Meus pais foram até a diretora e segundo eu, eles foram perguntar a minha sala, pois eles voltaram com um pequeno papel com as principais letras " Sala: 23 Turma: 10 Professora: Patrícia ".
Seguirei a mão de minha mãe e olhei para ela. Como ela me conhecia, ela já me afirmou que eu deveria mesmo ir para a escola todos os dias de manhã. Olhei para frente, andei até a minha sala indicada pelo papel que meus pais me entregaram.
Antes de entrar na sala, olhei para cima da porta, aonde números detalhados estavam esculpidos em isopor, formando o número da Turma 10. Entrei na sala, fiquei na porta, olhando para a professora, que 2 segundos depois, notou minha presença, foi até mim, e me apresentou para a turma. Logo depois, apontou para uma mesa e cadeira vazias, em que seria o meu destinado lugar para sentar.
Fui lentamente até a minha classe, me sentei, e tirei meus cadernos para fora para copiar o que estava copiado no quadro. Terminei 4 minutos depois, pois era apenas umas contas de matemática, fáceis de resolver, até que um menino da nossa sala começou a gritar feito um malou para o seu amigo.
Adrian - Que aluna esquisita! Haha.
Eu já sabia muito bem de quem ele estava falando, apenas olhei para ele, e ele começou a rir com uma enorme ironia, que dava vontade que o quebrar no meio até começar a gritar e dizer " quem está rindo agora? "
Adrian - Menina, eu não vou ter medo de você só pelo seu olhar de bruxa.
Patrícia - Já chega!
A professora estava vermelha de raiva do aluno Adrian, que ela apenas apontou o dedo para a porta, como sinal para ele descer até a diretoria. E como mandado, foi feito ironicamente. Sinceramente, não sei se sobrevivo aqui.
Patrícia - Aluna Fabiana, sinto muito pelo mal linguajar de Adrian contra você, apenas ignore para não arranjar confusão igual ele terá com os pais dele.
Apenas sinalizei com a cabeça que estava tudo bem. Enquanto continuava a carregar, uma menina atrás de mim me cutucou, e falou em voz com o tom baixo.
Menina - Você é a Fabiana, certo? Eu sou a vice-presidente da escola. Meu nome é Letícia.
Fabiana - Prazer em te conhecer...
Letícia - Realmente, não se preocupe com o que os outros falam sobre você de mal ou de bem, nesta escola a maioria é falsa com si próprio. No recreio te mostro a escola.
Apenas sinalizei com a cabeça que aceitava a proposta, me virei e continuei a copiar. Alguns minutos depois, o sinal para o recreio bateu, a professora passou de mesa em mesa para ver os cadernos, liberando eu e Letícia.
No início, pensei que iria ser chato a breve explicação sobre a escola, e sua história. Mas quando ela tocou no assunto de um assassinato recente, sobre a escola era a única coisa que queria saber.