Dias cinzas
Pedro de Andrade
Tipo: Lírico
Postado: 18/11/16 14:15
Editado: 24/11/16 18:58
Gênero(s): Poema
Avaliação: Não avaliado
Tempo de Leitura: 46seg a 1min
Apreciadores: 9
Comentários: 2
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Palavras: 123
Livre para todos os públicos
Capítulo Único Dias cinzas

Secas lágrimas

Por meu rosto descem.

O hoje falece

Em lástima cinza.

Preso em um ciclo,

Os dias são iguais.

Os desiguais olham-me

E não entendem a loucura.

Não há cura para mim,

Tenho o valor de carmesim

E as asas de serafim,

Mas o coração quebrado.

Frágil é o barro

Que enterra os corpos

Das que se foram,

Das que me abandonaram.

Em eterna reforma,

Meu corpo muda sua forma.

Mente afiada e pele resistente,

Assim é, da loucura, um sobrevivente.

A escrita é cada vez mais difícil,

O poeta em mim morre aos poucos.

De seu último sopro, cada vez mais perto.

Espero que não, espero...

As ondas batem nas pedras

E a pedra lá fica,

Imponente, resiliente,

Silenciosa e esquecida.

❖❖❖
Apreciadores (9)
Comentários (2)
Postado 18/11/16 14:32

Profunda tristeza... As vezes ela faz o poeta mais se intensificar do que morre, viu? Muito bom Pedro!

Só cuida com os erros de PT, tipo "Dessem", no segundo verso da primeira estrofe.

Muito bom mesmo.

Postado 18/11/16 14:54

Opa , escrevi pelo celular, então já viu. muito obg por me avisar kkkk

Postado 29/01/17 23:28

Esse poema espero que não morra, pois é maravilhoso! :D