Não chores na noite escura,
Quando o silêncio recai sobre ouvidos folgados
E o teu lamento pode ser captado.
Para cada olhar um sorriso ilusório
Que encanta a mente do falso contente.
Indiferente!
Não chores no sopé da montanha,
Quando o horizonte reconta teu feito fiel
De poupar a satisfação contida
No indicador apontado e cruel.
Segue na vereda da vida
Face focada, erguida!
Não chores pelas dores já vividas,
Quando lembranças castigam sem prudência
Erros humanos que foram julgados
Na hipocrisia de céticos delegados.
Levanta, abastada de competência,
E sobrepõe aos desacreditados.
Mas chores sozinho a cada derrota,
Quando o abismo da dor for profundo demais.
Abre caminho até a superfície e emerge,
Apoiado nas mesmas lágrimas dizimais.
Reviravolta com felicidade converge,
Então exibe aos algozes fulcrais.
FIM.
Autora: Letícia Garcia