Em todos os lugares que caminho,
Eu consigo te ver, te sentir.
Ouvir a tua doce voz a me chamar,
Sentindo teu perfume impregnar,
Em minha face, fazendo-me sorrir.
A nostalgia apodera-se de mim,
Fazendo algumas memórias inundarem minha mente,
Emergindo lembranças que almejo esquecer.
Todavia, mesmo sem querer,
Ouço tua voz a me chamar suavemente.
Enquanto eu caminhava,
Doces lembranças fizeram-me recordar,
Das promessas que havíamos declarado,
Do futuro que estava sendo planejado,
Dos sonhos que poderiam ser realizados,
Naquele tempo que a nossa força estava apenas em sonhar.
Entretanto, agora eu apenas posso ver:
Nossas promessas sendo desfeitas,
Nossos futuros sendo apagados,
Nossos sonhos sendo dilacerados,
Nesse agora de incertezas.
O passado está sendo revivido,
O presente, esquecido,
E o futuro, destruído.
Dúvidas assombram-me dolorosamente,
Devido minha vida ter tragicamente mudado,
Deste o momento em que partiu
Deixando para trás todos os sentimentos que sentiu,
Em teu doce passado.
Mesmo tendo me deixado,
Tua presença ainda persiste em permanecer,
Em minhas memórias, em minha mente,
Onde consigo ouvir-te suavemente,
A clamar meu nome eternamente.
Entretanto, sei que tua presença é ilusória,
Pois há algum tempo tu vieras a falecer,
Deixando-me sozinha novamente,
Com apenas memórias tuas, especialmente,
Memórias que nunca irei esquecer.