Teia Diáfana (Terminado)
Yvi
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Tipo: Romance ou Novela
Postado: 30/10/16 22:24
Editado: 17/04/21 14:17
Qtd. de Capítulos: 3
Cap. Postado: 30/10/16 22:24
Cap. Editado: 30/10/16 22:25
Avaliação: 8.84
Tempo de Leitura: 4min a 6min
Apreciadores: 6
Comentários: 4
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Palavras: 723
Não recomendado para menores de dezoito anos
Teia Diáfana
Parte I Advogado vs Protetora

O dia estava lindo. O sol lá fora convidava para um belo banho de piscina, mas eu tinha outros planos. Mercado. Precisava fazer compras urgentemente ou não teria nem o que comer no almoço.

Arrastei-me com um entusiasmo duvidoso até a escrivaninha do quarto em que estava, peguei a carteira; o celular e as chaves da casa. Desci as escadas em uma velocidade que causaria inveja até na mais lenta das lesmas. Já que eu estava sozinha na casa, não tinha por que não fazer barulho ou não descer com uma cara terrivelmente feia para a cozinha.

Eu estava passando as férias de verão na casa da Liz, uma das muitas amigas que fiz na faculdade.

Por que estou sozinha? Bem, ela foi passar alguns dias com uns amigos em uma ilha no sul e eu, graças a meu medo de barcos, acabei ficando pra trás e tendo que ir comprar comida para sobreviver.

Já que o mercado não era longe da casa - devo lembrar-me de agradecer minha mãe por ter feito os pais dela comprarem essa casa e não a outra, que ficava a quilômetros de tudo. - decidi ir andando mesmo. Em meio a todo meu entusiasmo, acabei me esquecendo de olhar a hora. O resultado foi que tive de esperar alguns minutos na praça de frente ao mercado até o mesmo abrir.

Enquanto esperava, me distraí com uma borboleta que estava presa em uma teia de aranha perto do banco onde eu sentei. A vida é mesmo incrível, uma hora você está voando livremente por ai e na outra está prestes a virar comida de aranha. Sempre gostei de borboletas e não ia ser agora que deixaria a dona aranha almoçar aquela pobrezinha. Destruí com facilidade a teia e pude ver a pequena borboleta voar pra bem longe dali.

- Não deveria ter feito isso, agora a pobre aranha não vai ter o que comer e ainda perdeu sua casa. - Disse um rapaz loiro, enquanto colocava a não tão minúscula aranha em um pode de vidro transparente.

- Não seria bonito assistir o desespero de uma bela borboleta sendo torturada até a morte. – Retruquei, cruzando os braços e virando o rosto na direção oposta à que ele estava.

- É a lei da vida. Uns morrem para que outros sobrevivam. Presas e predadores, sabe? - Disse rindo, enquanto estendia sua mão em minha direção. - Desculpe por antes, sou Philip, advogado oficial de aranhas incompreendidas.

- Giselle, protetora de borboletas indefesas. – Sorri, apertando sua mão.

Depois disso ele me acompanhou até o mercado com a desculpa típica de que também tinha algo pra comprar. Duvido muito que tenha ido lá apenas pra comprar papel filme, mas quem sou eu pra desconfiar de algo ou alguém.

Coincidentemente Philip era praticamente um vizinho, morava a apenas três casas da minha. O que serviu como pretexto para que ele me convidasse para uma festa que teria naquela noite, como forma de tentar me convencer de que a única prejudicada foi a dona aranha.

Despedi-me dele com a promessa de nos encontramos em frente a minha casa exatamente as vinte e duas horas. Passei à tarde na piscina, aproveitando pra retocar a marca do biquíni e depois comecei a me arrumar para a festa. Como estávamos em uma praia, não havia motivos para tanta arrumação, apenas um short preto, uma blusa regata branca, uma sapatilha preta e uma maquiagem leve serviriam para a ocasião.

Como planejado, lá estava Philip à minha espera. Saímos conversando até a enorme casa branca, de frente para o mar, que era sede da festa. Havia muitas pessoas, bebidas e música. A festa mal tinha começado e já vi alguns bêbados, tinha até uma menina querendo tirar a roupa na frente de todo mundo.

Philip veio a meu encontro com dois copos de cerveja em mãos. Nem me pergunte quando ou como ele saiu do meu lado, estava ocupada demais observando aquele caos. Ficamos perto da piscina da casa, onde era menos barulhento e movimentado, conversando sobre diversas coisas.

Descobri que ele realmente era advogado; que morava por aqui a menos de seis messes; era apenas quatro anos mais velho que eu - tenho 22- e também que estudava aranhas nas horas vagas.

Tomamos mais algumas bebidas, dançamos e quando o relógio anunciou às três horas da manhã decidimos que era hora de parar e voltar pra casa.

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Comentários (4)
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Postado 03/11/16 15:37

Confesso que não soube/sei o que esperar da obra ao ler este primeiro capítulo... Imaginei algumas coisas que de imediato ocorreriam ou dariam sinais de que fossem ocorrer. Todavia, tudo até então caminhou dentro da normalidade. Devo estar mal habituado com a leitura de outras obras da digníssima e talentosa autora onde a morte e o Mal já davam as caras logo de início...

Sobre o texto em si nada tenho a reclamar, posto que a costumeira primazia narrativa/descritiva da senhorita se fez presente novamente e os personagens são bem verossímeis (embora Philip chame mais a atenção do que a protagonista principal por sua apresentação/apresentação peculiar na trama. Algo (além da sinopse) me diz que terei uma grata (e quiçá hedionda) surpresa envolvendo o prerenso casal até o término da obra...

Parabéns, moça! Acompanharei até o fim!

Atenciosamente,

Um executor de borboletas e aranhas, Diablair.

Postado 04/11/16 20:56

Dessa vez o mal decidiu dar uns mergulhos aintes de se fazer presente... klkkkkkkkkkkkkkkkk

Esepro que tenha... x.x

Muito obrigada, moço!

Postado 01/11/16 20:53

Pq eu tenho a impressão de que já li isso em algum lugar?

Postado 02/11/16 23:57

Pq você já leu!

Postado 05/10/20 21:34

Por mais que Philip esteja certo sobre o ciclo de vida entre predadores e presas, ainda assim eu fico do lado da Giselle. Ninguém mandou a dona aranha não ser esperta o suficiente e ter colocado a armadilha em um local menos visível. O mundo é dos espertos, como dizem.

Eu estou tão acostumada com o sobrenatural nas suas obras, que já imaginei o rapaz sendo o Lorde das Aranhas, onde o seu papo e conquista é a personificação da sua teia (faz sentido?).

Sim, eu brisei pra caramba.

Mas amei essa leitura mais cotidiana e descontraída ♡

Postado 05/10/20 22:14

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Pegou as ervas da Julih de novo, Pami? kkkkkkk

Muito obrigada! <3

Postado 26/10/20 16:11

Uaaaaaaaau