Sonhos são algo complexo.
Digo, tenho vários
E não tenho um.
Sério, é paradoxal.
Sempre é, gosto de ser...
As vezes, na verdade.
Ter uma meta quando jovem
É uma sacanagem.
Afinal, não jogo em times,
Não sou pré-determinado
E preciso de pouco.
Também acho que sou louco.
Dinheiro é importante, claro,
Mas não preciso de muito.
Não quero ser isso tudo,
Gostaria que todos fossem.
Sabe, já disseram-me que sou raro,
Que poderia ter qualquer futuro
E que tenho talento.
Pois é...
Não vejo em mim nada de especial,
Vejo mais cicatrizes.
Porém, acho que isso é normal,
Comum, todos têm as suas.
Únicas, contudo escondem.
Para quê? Não sei.
Talvez tenham vergonham;
Têm vergonha até de sonhar.
Toda hora tenho um sonho novo
E, de novo, mudo o sonho.
Vou indo nessa,
De inspiração em inspiração.
Esse poema não rimou muito...
Que bom que eu sou o autor.
Já sei! Tenho um novo sonho,
Rimar meus devaneios.