Desfaz-se desse riso vazio,
Frouxo e vicioso que mente em tua face,
Desfaz-se desse desespero em teu peito,
Desse redemoinho de pensamentos,
Desses inertes e descriminantes,
Abre a tua mente,
Se tu não a faz,
Alguém a preenche,
Seja mais de ti e menos dos demais,
Abre os olhos e para de tratar aos vossos
Como se por certeza a diferença fosse errônea.
Põe nessa êxtase de xingamentos
Um pingo de decência, tens vergonha,
De violência,
Basta essa mídia que a nós, vê.
Fecha a porta pros preconceitos,
O que é predeterminado,
Inicia-se no nascimento
E na morte se conclui,
Nesse meio termo
Vivemos a esmo,
Mas de preferência,
Independente da vivência,
Não julgar ao outro,
Não tornar alguém inferior,
Aceitar e ser aceito,
Entender que somos apenas carne,
De conteúdo,
Podemos ser o mesmo querer bem,
Basta tratar o outro, não como convém,
Mas como gostaríamos de ser tratados.
Fazer da humanidade um conjunto melhor,
Pois o que cá está,
Enaltece o pertencer
De pequenos grupos
Em detrimento do ser
Humano avulso.