Chamam-me pensamento,
Vez ou outra de razão,
Durante a vida, ou numa parte desta,
Sou o motor da ciência,
O padrão que incita inteligência
E cria o discernimento,
A moral, a ética e o consenso.
Sou aquilo que te separas
Dos animais que são ditos não pensar
Sou grande partes do que és
Sou mais que elo, sou capaz de te sustentar,
Mas se por algum descaso ou desgraçamento
Ouvires suspirarem sentimentos
Saiba que não te valho um tostão,
Sou tanto quanto é o nada!
Para qualquer que seja o viés sentimental,
O mais simples, se é que existe tal,
Leva-e à completa confusão, estardalhaços, incompreensão,
Estes, desconstroem-me os sentidos,
Desapegam-me de toda inerente objetividade
E enquanto creio ser ainda são,
Desfazem-me os padrões e embaça-me toda razão.
Sou completa e unicamente tua mente
Mas, se por desavença ou curiosidade indevida
Te aventurares pelas artes de sentir
Vai-te pela arte empírica
Pois, digo com pesar, que eu, razão,
Destes males vindos do coração,
Entendo nada desse imenso vão .