A Amendoeira
Lucas Cabral
Tipo: Lírico
Postado: 20/10/16 13:39
Editado: 31/08/21 21:15
Gênero(s): Poema
Avaliação: Não avaliado
Tempo de Leitura: 54seg a 1min
Apreciadores: 3
Comentários: 2
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Palavras: 144
Livre para todos os públicos
Capítulo Único A Amendoeira

Naquela tarde ensolarada de dezembro, enquanto os outros garotos brincavam com uma bola de cipó, eu repousava debaixo de uma majestosa amendoeira.

Eles se preocupavam com a diversão, mas eu não, somente queria viver aquele momento, estar onde eu estava. Só queria ver as gaivotas cruzando o horizonte amarelo. Mas aos poucos o dia virou noite. O amarelo do sol foi substituído pelo cinza da tempestade. Em minutos as gotas foram caindo, cada vez mais e mais. Os garotos puseram-se a correr, enfiaram-se em meio aos arbustos.

Eu continuei debaixo da amendoeira, nem uma gota repousou sobre mim. Depois de alguns minutos de chuva intensa a noite virou dia. O céu parecia sorrir novamente, um sorriso bonito, um sorriso confortante, um sorriso amarelado. Os garotos saíram dos arbustos e voltaram a brincar com a bola de cipó. E eu continuei debaixo daquela majestosa amendoeira.

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Apreciadores (3)
Comentários (2)
Postado 26/10/16 17:48

Hey!

Um momento de sincronismo perfeito com a energia do mundo, fluindo tão perfeitamente com o universo que qualquer outra ação não é válida, ou o repouso eterno de alguém que já pertenceu a esse mundo?

Em ambos os casos, pude sentir o cheiro da chuva daqui. Muito bom!

Abraço

Postado 08/04/17 15:19

Muito obrigado por apreciar o texto!. Agradeço pelo comentário.

Postado 29/11/16 21:29

Uma escrita reconfortante, carregada com a sensação de chuva e o nascer e pôr do sol. Você juntou as melhores sensações num texto só, inclementou com sua escrita fantástica. Só você mesmo. Continue escrevendo, sério, é muito talento que deve ser mostrado.

Postado 08/04/17 15:18

Voltarei, estou voltando. Muitas ideia coletadas neste meio tempo, muita coisa para ser compartilhada. Agora de volta, lendo meus textos, sinto um ar de nostalgia, coisa que a muito tempo não sentia. Obrigado pelo seu comentário Bia, abraços.