Tic, tac, tic, tac, o barulho dos ponteiros do relógio do corredor só são abafados pelos gemidos dos loucos presos em suas celas, drogado demais para gritar.
Há quanto tempo eu estou presa nessa cela também? Não sei. Drogas pesadas tiram minha realidade de tempo. Um mês ? Um ano? Dez anos? Realmente não importa agora, eu nunca estou sozinha.
Porque eu vim parar aqui? Não me lembro mais.
Olho em volta, minha pequena cela acolchoada não tem nada com que eu possa me machucar, mesmo assim sangue ensopa as minhas roupas.
Eu nunca estou só, nunca, nunca, nunca...
Os mortos sorriem para mim, e eu em minha loucura sorrio de volta