31 Dias
Sabrina Ternura
Tipo: Lírico
Postado: 13/10/16 16:07
Editado: 15/01/23 01:20
Avaliação: 9.88
Tempo de Leitura: 2min
Apreciadores: 14
Comentários: 8
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Usuários que Visualizaram: 27
Palavras: 327
Não recomendado para menores de dezesseis anos
Notas de Cabeçalho

Salut, trevosos. Como vão?

Esta obra é dedicada a um ser peculiar aqui da Academia: o nosso querido ser das trevas, Diab. Para quem não sabe, o Sr. Diab se revoltou com alguns comentários feitos por mim, pela Srta.Meiling Yukari e pela Senhora das Trevas. Para se vingar, ele nos presenteou com um capítulo (muito bom por sinal) no Diário dos Insanos. Declarei publicamente um aviso a esse ser em particular e aqui está minha "vingança".

Façam uma boa leitura! <3

Capítulo Único 31 Dias

Reza a lenda celta

Que no último dia do verão

Os espíritos saíam dos cemitérios

Para tomar posse dos corpos dos vivos.

Para afastar essas aparições,

Os celtas colocavam em suas casas

Caveiras, ossos decorados

E abóboras enfeitadas.

O que este povo antigo não sabia

Era que, depois de um tempo,

Essa tradição seria mantida

E praticada por todo mundo.

Este povo não tinha consciência

De que um grande massacre aconteceria

Durante 31 dias,

Sem cessar.

Digam "olá",

Ao meu desejo de matar!

Eles não esperavam por mim!

Uma bela moça fantasiada de bruxa,

Andando pelas ruas da cidade

Com um arsenal de facas na bolsa.

Pareço ser tão inocente assim?

Pois saibam, bando de pestes infernais,

Sou um lobo em vestes de cordeiro

Que se banha no sangue

Dos que ousam cruzar meu caminho.

Ando por um beco escuro

E avisto um rapaz fantasiado de Diabo

Totalmente desolado

Por sua noite ter sido um fracasso.

Pobre demônio,

Tens conhecimento

De que saciar meu desejo

Pode acabar com o teu tormento?

Não tenha medo,

É Halloween, baby!

Morrerá com a honra

De ser a última vítima

Desta linda serial killer.

Aproximo-me lentamente,

Jogo charme para que tu se deleite

E deite-se, nos braços desta doente

Faminta por sangue de gente.

A má iluminação do local

Faz minha boca salivar

E meus pensamentos voar,

Pois sei que irei te matar.

Com sua atenção

Voltada ao cheiro

De meu perfume cereja,

Puxo a faca de minha meia

Sem que você veja.

Elevo os braços acima de sua cabeça

E com um golpe certeiro

Finco a faca em seu crânio

Agora sem vida,

Enquanto teu sangue escorre

Por sua face assustada e desolada.

Aliviada, sorrio,

Pois alcancei meu objetivo:

No mês das bruxas,

Matei uma alma por dia

Sem me arrepender ou temer,

Pois meu espírito só se fortifica

Quando uma vida

Parte desta para uma pior.

Meu querido 31,

Queres doces,

Travessuras

Ou uma faca

Enfiada em tua cabeça?

❖❖❖
Apreciadores (14)
Comentários (8)
Postado 14/10/16 18:44

E a Tortura ataca novamente!!!

Menina, o que é isso? Você matando o Diab... Nem acredito que vivi para ver algo assim! A Academia Carnificina está com tudo, viu?!

Muito bom!

Postado 15/10/16 01:08

Estou sendo alvo de chacotas, de avacalhações, de assassinatos... Assédio que é bom e eu gosto, nada. Satan, me ajude com esse povo maldito...

Postado 15/10/16 01:47

SATAN! SATAN! SATAN! SATAN!

Pelas chagas do Anticristo, o que foi esta obra que acabei de (re)ler?! Fiquei tão aturdido que fui incapaz de comentar por dias, pois ao me roubar a vida em tua história escabrosa, também o fez com as minhas palavras. E, pelo Inferno, ainda estou assim!

Logo de cara, temos uma aula breve, robusta e bem-vinda sobre a origem do Mal que será exposto no texto e que também condiz com a nossa realidade, agregando conhecimento ao leitor e preparando o terreno (e a alma) para o que virá a seguir. Simplesmente fantástico!

Depois, o poema segue com a apresentação de uma personagem (ou seria mais correto dizer pessoa?) que vem se fazendo cada noite/vez mais presente e surpreendente entre nós. Sim, desta vez com uma roupagem sobrenatural, mas ainda sim é ela: Tortura, uma das facetas da nossa querida, talentosa, criativa e doentia autora, volta a atacar em mais uma obra muitíssimo bem elaborada e trabalhada! É interessante notar que, a despeito do teor grotesco e aterrorizante da história, o texto flui de uma forma belíssima, natural e leve (no sentido de flúida). É como vislumbrar um bailar majestoso em uma poça de sangue ou algo do tipo: aterrador, todavia belíssimo.

Devo ressaltar que a ideia de seduzir antes de matar, facilitando assim a concretização da tragédia e da alimentação mensal e maligna foi algo que me surpreendeu e me desarmou totalmente! Eu jamais esperaria algo tão delicioso, engenhoso e macabro vindo da senhorita! Foi algo realmente muito bem concebido, adequado, funcional e (ouso dizer) audacioso da sua parte, Srta Sabrina!

Não sei se lhe adoro ou lhe mato por isso, mas ó Satan, pude ver a cena em cada detalhe e cheguei a corar.

Estou muitíssimo feliz e agradecido por ter dedicado uma obra sua exclusivamente a mim, ainda que tenha sido uma injustiça (posto que fui vítima de insólitas blasfêmias de sua parte e apenas retribuí de acordo) para com minha desgraçadapessoa. O poema possui uma atratividade maligna que beira ao sex appeal demonstrado por Tortura para com aquele pobre diabo...

E o melhor de tudo: o Mal triunfa no final! Absolutamente perfeito! Que frase derradeira bizarra e bela, tal qual esta autora que tanto me surpreende e a quem cada vez mais estimo e quero bem (mas da qual novamente me vingarei, pelo orgulho de Lúcifer)! Muitíssimo obrigado, sua maldita doente enrustida! SHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA! Bravíssimo! Bravíssimo!

Atenciosamente,

Um ser subitamente seduzido e agora com dor de cabeça, Diablair.

Postado 15/10/16 22:21

Incrível que mesmo em temas macabros, seus poemas ainda tem um quê de delicadeza, o que transforma tudo em mais sobrenatural ainda. Menina, queria eu ter essa criatividade, mais do que isso, transformar tudo em poesia. Por isso digo que você é a minha personificação da poesia pura ♡

O interessante é que esse poema foi o único a dar uma introdução do Halloween e seguir, digamos, o clássico. E apesar de ter amado os outros textos e das diversificações, me senti satisfeita por terminar com um clássico. Sobre você citar no começo a origem foi perfeita, porque isso já induz o leitor a entrar no clima da festa e, mais especificamente, conhecer um pouco da origem daquilo que irá encontrar no decorrer da leitura.

E no decorrer da leitura você já imagina o cenário macabro.

Os detalhes desse festival é tão vívido que parece uma fotografia lida. E aproveitar esse mês histórico para cometer os assassinatos realmente é perturbador, ao mesmo tempo que faz jus a fama. Essa nossa serial killer de fato é marcante.

E por isso que mamãe sempre me ensinou a não falar com estranhos, e mesmo que esteja fantasiado, não é motivo para ir deitar-se logo de cara. Afinal, reforçando o que você mesmo redigiu: você pode acabar com uma faca enfiada em tua cabeça.

Genial, Brina, como sempre. Parabéns! ♡

Postado 16/10/16 01:28

Prefiro morrer do que deixar de deitar a cabeça logo de cara no colo essas beldades de Satan que surgem em meu caminho...

Postado 16/10/16 07:28

Uau, adorei! O poema está muito bom e não tira a sua graça saber que é dedicado a alguém aqui da Academia, ahahahaha. Que dedicatória. Nã é para todos. :v

Inteh! :D

Postado 16/10/16 12:55

Se pedir doces, travessuras e a faca vem com desconto? :v

Postado 17/10/16 19:59

Quero doces. A faca dispenso, mas talvez possa dar para a Flávia, para a coleção dela.

Adorein <3

Postado 11/10/18 00:35

UAU! Que maestria no compor da carnificina! Adoraria ver as 31 mortes... Seriam de fato inesquecíveis, parabéns mais uma vez por me assustar com suas palavras imprevisíveis!

Postado 06/11/21 22:30

Caramba, o Diab não tinha paz mesmo antes da minha chegada aqui na AC. Eu vou repetir: meu pano está preparado para ele, caso ele saia batendo em geral.

Gostei muito do poema, amor. É incrível como você mescla com facilidade o lirismo com o terror. Até o terror fica bonito quando você escreve algo do gênero, pqp.

Parabéns, minha linda :)

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