Perder-se-ia na escuridão de sua própria ignorância, na persistência de ser absoluto; nunca contestável. Das sombras fez-se sua única luz, a verdade distorcida da realidade que porventura abdicou; tirana ilusão.
Entregue aos males da cegueira, perdeu-se a vontade de reivindicar a luz da razão, da sabedoria, do conhecimento e paixão. Tornou-se refugiado, repudiando opiniões discernidas, afastando realidades alheias. Não queria proclamar que sua vida era como sombras que tomou como sendo verdadeiras enquanto não se permitia enxergar. Fez-se de cego, prisioneiro da própria vontade; sua vida destinada à caverna.
E por fim morreu sem ao menos ter de fato vivido.