Como Ícaro, Eu acho que voei alto demais. Ousei sentir demais, amar demais. Eu a amei como Ícaro amou o Sol, meu amor por ela deu-me asas de cera, e me fez voar. Com seu amor, eu flutuei entre nuvens, com seu toque reverberou minha alma, sua voz derreteu meu coração.
Como Ícaro e suas asas de cera, eu voei.
Nossa história como correntes de ar, as vezes revoltas, as vezes pacificas, com guinadas repentinas e calmarias arrastadas; as vezes metódicas como brisas de Verão, as vezes imprevisíveis como Tempestades tropicais.
E como Ícaro, eu despenquei para morte por amor.
Como Ícaro, eu morri apaixonado.
Ela fora meu Sol.
Ela própria derreteu minhas asas de cera quando ousei chegar perto demais.