Cinco jovens corriam freneticamente pela trilha no meio daquela floresta iluminada unicamente pela luz da lua. Era uma noite fria, o vapor que saia da boca das pessoas enquanto corriam por suas vidas era evidente, assim como o desespero em suas faces.
Haviam entrado na floresta aos redores da cidade atrás de diversão. Contar histórias de terror e procurar pela criatura que, segundo a lenda, habitava aquela floresta era o que pretendiam...isso quando eram um grupo de doze pessoas. Agora, com o pânico estampado no rosto e adrenalina por todo o corpo, mal ouviam a risada pavorosa que ecoava pelas arvores do lugar.
Há quantos minutos já estariam correndo sem achar a saída da floresta? Quantos gritos de socorro já tinham sido ditos? Quantos corpos a polícia acharia pela manhã?
O riso medonho se aproximava, era quase como se a criatura estivesse ao lado deles, se divertindo com aquela situação. Aquele seria o momento em que mais uma vítima seria escolhida para o seu trágico fim.
Sendo puxado pelo solo úmido, cheio de galhos, folhas, raízes e pedras, com sua face sendo cortada e seus ossos quebrando aos poucos, o garoto que organizara aquela pequena excursão se arrependia veemente de ter tido essa ideia. Via os amigos que sobraram vivos correndo cada vez mais para longe e pontadas fortes de inveja o atingiram, até finalmente se jogado contra uma arvore com tamanha força que seu corpo praticamente se moldou ao formato da mesma.
A bruxa observava aquilo com tamanha satisfação que a pele cinza de suas bochechas se rasgou deixando a mandíbula cair num sorriso sinistro. Era o bastante. Tinha se divertido por uma vida toda naquela noite.