“Perpétua com 14 anos de idade era uma menina extremamente jovial, alegre, chegando para o vulgar, aquele tipo bem patricinha. Despreocupada e descontraída. Não dava bola para nada, não ligava para nada que não fosse maquiagem e moda. Alguns a chamavam de superficial. Outros a veneravam como uma deusa.
Em casa era sempre uma desavença terrível, a avó Nina católica roxa, a mãe Margarida católica também, o pai Cézar evangélico, e Perpétua... bem, quando perguntavam ela respondia que era católica, mas que não acreditava em nada que não pudesse ver com os próprios olhos.
Avó Nina sempre mandava Perpétua tomar cuidado com os espelhos das bases e pós que carregava na bolsa, pois se quebrasse algum haveria muitos anos de azar. Perpétua podia não acreditar nessas histórias bestas de ‘’azar’’, mas preferia não arriscar, preferia não quebrar nenhum espelho por gosto, apesar de sem querer já ter quebrado uns 3 pelo menos. Avó Nina também não deixava a neta tomar leite junto com manga. Mas quando a pirralha estava sozinha em casa, ela adorava quebrar essa regra, com muito orgulho, desde os 8 anos de idade, e nunca morrera por causa disso. Vivia gargalhando ao lembrar-se desse fato sempre que a avó dizia que era proibido.
Avó Nina quase morria infartada quando sua preciosa netinha passava por debaixo de escadas, e quase morria engasgada sem ar quando a neta passava perto de gatos pretos na rua. Mãe Margarida realmente achava tudo isso um exagero, mas não tinha coragem de discordar da mãe, pois no fundo ela também acreditava que aquelas coisas poderiam mesmo acontecer, e em silêncio, toda vez que a filha fazia algo que fosse dar azar, ela batia três vezes na madeira para isolar, e quando achava os cacos de espelhos das maquiagens da filha, tratava logo de colocar um copo com sal grosso e uma pimenta vermelha espetada no canto da sala, para afastar essas energias negativas de suas vidas.
Pai Cézar há muitos anos já nem ligava mais para as doiduras da esposa e da sogra. A verdade é que ele acha que a Avó Nina está certa, mas nega-se até o último fio de cabelo a admitir tal coisa absurda para sua religião. Isso também acontecia quando sua esposa batia na madeira para isolar, ele sempre dizia que não adianta nadíca de nada bater em madeira, mas no fundo, bem lá no fundo mesmo, ele sentia-se grato e aliviado por ela estar livrando a filha do azar.
Infelizmente o que esse povo todo não sabia, era que as piores coisas que podem vir a acontecer para alguém, não estão no plano espiritual, mas sim no plano físico... E bota físico nisso!!
Certo dia Perpétua estava no meu carro, irmão mais velho de sua melhor amiga Lúcia. Estávamos indo para o shopping passar a tarde toda comprando as roupas mais caras das lojas mais caras.
Faltando uns 6 km para chegar ao bendito shopping, viro em uma curva estranha na pista de trânsito rápido, e chego até um loteamento em construção. Ao centro uma gigantesca casa, toda chique e emperiquitada, ao redor um monte de casebres feiosos.
Lúcia berra feito uma louca que quer ir logo comprar suas roupas. Eu retruco que apenas queria mostrar para elas um lugar muito legal que eu havia conhecido alguns dias atrás. Perpétua olha com olhos de cobiça e luxúria para a grande casa. Pergunto à ela se é de seu interesse observar a casa de perto.
Contra a vontade de minha irmã, que bufava de tristeza pela demora em chegar ao shopping, fomos caminhando até a rebuscada casa. Perpétua entrou correndo, saltitante, subindo a impetuosa escada da sala, nem se dando conta de que ficou por pelo menos uns 7 minutos lá em cima sozinha, pois eu estava dando um jeito de arrumar a sala para o maravilhoso banquete que viria a seguir.
Sinceramente, Perpétua devia ser meio surda, ou burra, sei lá... mas ela realmente não escutou nada do que aconteceu ali em baixo, atrás na frondosa escada.
Ali atrás havia tipo um quartinho de despejo, ou de limpeza, ou de o chefe da família comer a empregada, essas coisas, entende? Nesse quartinho havia um enorme espelho, que refletia sua imagem de todos os ângulos possíveis.
Tratei de levar minha doce irmãzinha para lá. Quando ela viu o espelho, pareceu até que havia se esquecido do maldito shopping. Foi doce e sublime o momento em que a peguei no colo, apoiei seu corpinho em meus braços, segurei sua cabeça fortemente com minhas mãos, e a choquei violentamente contra o espelho, que se estilhaçou para tudo quanto é canto.
O choque, o trauma ou o sei lá o que, fez com que ela não gritasse, apenas ficasse lá parada com aquela cara de morta, de por favor me engula rápido antes que meu sangue seque. Resgatei do chão um pedaço bem grande e pontiagudo, que espetei com toda minha força e suavidade na pequena garganta de Lúcia.
Sangrou, agonizou se debatendo, desfaleceu.
Foi tudo tão rápido.
Por sorte, pois já estava ouvindo os passos da fedelha, descendo as escadas, chamando nossos nomes.
Vou de encontro a ela e digo que Lúcia quer fazer uma surpresa, mas que para isso eu precisaria vendar seus olhos e amarrar uma fitinha em seus pulsos. Ela aceita tudo tão facilmente, tão inocentemente, tão ridiculamente.
Conduzo Perpétua até o quartinho por baixo da escada. Sento ela no chão, bem de frente para os resquícios do majestoso espelho, e bem de frente para o cadáver ainda gotejante de Lúcia. Ela nada percebe. Parece uma tonta, uma besta.
Digo para ela: sabe onde estamos? Estamos bem por baixo daquela escada!
Ela sorri maliciosamente: minha Avó Nina diria que vai dar azar rá rá rá.
Eu grito, alucinado: Aquela velha lazarenta da tua avó, mal vejo a hora de descobrirem o que eu vou fazer, mal vejo a hora da notícia sair em todos os jornais, e de sua vovozinha ler e se cagar toda de medinho e nojo da própria existência acerca do que aconteceu.
Perpétua fica muito nervosa com o tom da minha voz, com tudo que eu disse. Resolvo então mostrar a surpresinha, tiro a venda de seus olhos.
A menina grita e geme horrorizada, pasma, enojada com a visão.
Eu apenas rio da cara dela, uma gargalhada colérica.
Começo a tirar a roupa dela, enquanto a coitadinha ainda tenta me chutar com as pernas livres. Que dó, só me ajuda desse jeito, abrindo as pernas. Abro meu zíper e tiro meu melhor amigo, mais duro que qualquer madeira que a ridícula da Margarida já tenha batido para afastar o azar da filha! Essa coroca vai ver só, que o único pau que vale a pena bater uma está grudado no meu corpo.
Bato com meu pau na cara da doce Perpétua, que chora cada vez mais histericamente. Abaixo-me e começo meu serviço: abrir aquela vagininha fechada com um caco pontiagudo do espelho. Ela urra de dor. Eu rio e cuspo na cara dela. Agora é a vez do meu próprio instrumento, meto bem forte, com todo o ódio que poderia haver em meu coração.
Enquanto meto nela, vou falando tudo, tudo que a família desgraçada dela fez de ruim para mim.
-Sua pequena vadia, lembra-se do teu avô Bil que morreu quando você tinha 5 anos de idade? Então, aquele velho morfético me estuprava quase todo final de semana, e sabe como que isso começou? Foi um dia quando eu estava brincando na horta dele. Ele plantava alface, tomate e agrião, mas entre as culturas, sempre cresciam uns trevinhos, que ele sempre chamava de pragas que precisam ser arrancadas. Eu sempre o ajudava a arrancar aqueles malditos trevos. Mas então teve um dia, que sem saber, eu acabei arrancando um trevo, que me disse ele mais tarde, era um trevo de quatro folhas. Ele ficou furioso, disse-me que eu havia acabado com a vida dele, acabado com a vida de toda a família dele. Estuprou-me violentamente. E passou a fazê-lo sempre que tinha a oportunidade nos fins de semana... Sua avó acabou descobrindo, depois de muito tempo de sofrimento para mim. Ela quis proteger o maridinho, ela o enviou para um sanatório, e mentiu para a família toda que havia enviado ele para uma casa de repouso na cidade dos irmãos dele. Pronto, tempos depois ele foi dado como morto, e todos se esqueceram. Menos eu. Agora estou aqui para me vingar daquela velha supersticiosa.
Dito isso, o coito estava para chegar ao fim, eu tirei o pau de dentro dela, e gozei em sua cara.
- Tá vendo esse leitinho? Eu comi muita manga hoje cedo. Espero que tenha reagido de alguma forma no meu organismo, e meu gozo esteja com gosto de manga! Tá vendo Nina, sua menininha tomando leitinho com manga??? Tá vendo que ela olhou sua imagem refletida em um espelho quebrado??? Tá vendo que ela está por baixo de uma escada??? Sendo estuprada, assim como eu fui!!!!
Peguei outro belo estilhaço e cortei a garganta de Perpétua.
Peguei outro belo estilhaço e tentei cortar a minha própria garganta, mas então vocês chegaram, e me pegaram em flagrante. Me prenderam e me trouxeram para cá.
Rá, eu provavelmente vou ficar preso por muito tempo, provavelmente os outros presos saberão que eu sou um estuprador, e eu serei estuprado novamente. Rá, eu não ligo, pelo menos eu me vinguei...
Fim do meu relato, seu policial.”