Ela sempre disse que seria perigoso se eu me apaixonasse.
O pequeno corpo passeava pela casa em algumas manhãs, não era sempre que ela me dava o prazer de tê-la comigo durante a noite. Ela não costumava me ligar, e eu vivia ansioso por apenas uma mensagem. Ela não me dizia onde estava, e demorou bastante para que eu soubesse onde ela morava. Depois de algum tempo envolvidos que descobri que ela escrevia, e eu nunca me dei o trabalho de ler os seus textos. Um dia ela me deu um relógio e disse: para você nunca saber o horário que irei chegar. E não é que a maldita chegava sempre em horários diferentes? Ela tinha a chave da minha casa, e às vezes, depois que eu chegava do trabalho, só sentia o cheiro do seu perfume pelos cômodos. Eu nunca enviei flores, embora soubesse que ela gostava de admirá-las, assim como nunca segurei a sua mão enquanto caminhávamos pela praça. Nunca perguntei quais eram seus sonhos e seus medos, e nunca a levei para conhecer os meus pais. Em alguns momentos eu a ouvi chorar durante o banho, mas eu já estava atrasado para o trabalho e não podia ficar para poder cuidar dela. Ela sempre disse que seria perigoso se eu me apaixonasse. Mas não porque estar apaixonado seja algo ruim, mas simplesmente por não poder dar o suficiente para ela.
E foi quando eu descobri que a amava que vi que seria melhor deixa-la partir.