Talvez eu seja apenas uma criança
Iludida com promessas que na verdade nunca existiram
Mas minha alma ainda chora em esperança
Mesmo iludida com coisas que meus ouvidos jamais ouviram
Meus sentimentos continuam aqui com perseverança
Sei que não pertenço a esse lugar
Você já o divide com outra pessoa
Mas venha por uns instantes comigo ver o luar
Sua voz em minha mente ainda ressoa
Eternamente a falar e a cantar
Aquela primeira vez em que nos meus olhos tu olhaste
Nosso primeiro caloroso aperto de mão
Foi quando minhas lágrimas pela primeira vez tu enxugaste
Que percebi que qualquer que fosse a nossa relação
O meu coração infelizmente tu roubaste
Sei que sobre você não tenho nenhum direito
Mas não mintas, tu a amas como se fosses rosa de sal
Mesmo que seja dela a mão que é tua por estar tão perto sobre teu peito
Sou eu que te amo entre a sombra e a alma, nesta distancia abissal
Que mesmo tão longe, é tão perto que se fecham teus olhos em meu sonho perfeito
Só mais um pouco, continue caminhando ao meu lado
E por favor, não vá embora de mim sem antes se despedir
Abrace-me, deite-se junto de meu corpo imaculado
Somente uma vez, vamos, juntos nos transgredir
Nos eternizar em nossas memórias, para sempre um no outro vinculado
Olhe profundamente em meus olhos uma última vez
Segure meu corpo com o seu e caricie meu rosto
Impeça que minhas lágrimas caiam assim como você já fez
Uma vez há anos em certo mês de setembro, quando para me ajudar foi tão disposto
No tempo em que eu ainda tinha tantos “e se”... tantos “talvez”...
Agradeço imensamente por tudo que já fizeste por mim
Agora infelizmente é seguir em frente
Guardando em minha memória as lembranças em tom carmesim
Deixando cair cada lágrima transparente
Rumando em direção ao (provável) fim