Eu queria ser uma borboleta e voar para longe, ser livre, ser vista como algo belo e delicado, que deve ser admirado. Voar para longe de todo esse preconceito, falta de auto-aceitação, malcriação. O braço é cortado, as veias esvaziadas, e nada disso parece aliviar a minha dor. Todos dizem que eu sou linda, que não devo me importar com as opiniões de terceiros, mas eu não consigo. Eu tento, fracasso, tento de novo; e por fim, desisto, pois sei que irei fracassar, e que ninguém irá se importar. E se se importam, não faz diferença; eles não conseguirão diminuir minha dor, meu sofrimento, não conseguirão afastar meus demônios pessoais. Pelo menos se eu morrer, poderei ser livre, poderei me afastar de tudo que me faz mal. Então, mãe, não se preocupe, eu estou indo para um lugar melhor...