Hey, essa picanha é minha!
Sorelly
Tipo: Conto ou Crônica
Postado: 28/08/16 22:05
Avaliação: 9.2
Tempo de Leitura: 2min a 3min
Apreciadores: 6
Comentários: 5
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Palavras: 410
Não recomendado para menores de dezesseis anos
Capítulo Único Hey, essa picanha é minha!

Há quanto tempo eu estava aqui? Talvez minutos ou até mesmo algumas horas que resultaram em dez xícaras de café. É sempre assim, quando algo me fascina perco a noção do tempo e do lugar, fico desesperado e angustiado como um cachorro à procura de uma cadela no cio. E, porra, isso acontece justo hoje quando prometi a minha mulher que entraria nos eixos para salvar o nosso maldito casamento.

Desde que entrei nesse restaurante de quinta categoria venho observando-a, escondida no fundo do galpão. O cheiro dela impregna em meus sentidos, me convidando a cair em tentação. E, caralho, que tentação! Esse delicioso perfume que exala de sua carne acentua meu paladar, me deixando literalmente com água na boca. E para ajudar a foder mais ainda, esse quê de proibido eleva minha excitação às nuvens.

No meio de tanta confusão, a única certeza que eu tinha era a necessidade de provar de sua carne tão suculenta. Que os Deuses – e principalmente minha mulher – me perdoem pela minha fraqueza e pensamentos inadvertidos, mas não há homem que não se sujeite a tamanha sedução. Apenas os devaneios de saboreá-la inteira, pedaço por pedaço, sentir cada parte da maciez de sua pela em minha boca e provar de seu gosto é bom pra cacete.

É tudo tão provocante, intenso... Excitante! Ela estava me provocando, insinuando-se vulgarmente para que eu perdesse a cabeça, tomasse-a para mim, apenas para mim, no objetivo de me satisfazer. Dane-se a mulher que me esperava em casa, e dane-se mil vezes mais o seu dono. Ela me desejava. Eu a desejava. Nada podia estar em tão perfeita sintonia.

Porra! Isso é demais para mim.

Necessito prová-la agora ou enlouquecerei. Preciso me deliciar com toda essa fartura, e foda-se as gordurinhas extras em seu corpo, afinal, quanto mais melhor.

Enquanto eu me levantava continuava encarando-a. Ela estava tão perto, e minhas mãos prontas para pegá-las e me satisfazer totalmente em sua carne já estavam mais do que preparadas.

Estava tão perto. Faltava tão pouco

– Hey, cara, essa picanha é minha! Caí fora, eu já paguei por ela.

A voz grave e máscula que me impediu de pegá-la soou irritada, e antes que eu percebesse ele já a tinha levado para fora de meu alcance, em uma mesa afastada com mais quatro homens sorridentes na expectativa de fazer tudo o que eu queria.

Porque, afinal, nem sempre é fácil ser um gordo de cento e oitenta quilos em pleno regime.

❖❖❖
Apreciadores (6)
Comentários (5)
Postado 28/08/16 22:15

Tirava picanha das tags, descobri o final no meio do texto D:

Fora isso, foi ótimo, mas gordura em carne é ruim u.u

Postado 29/08/16 09:33

Eu lembro desse texto!

Muito bom!

Postado 29/08/16 11:10

Eita lá, hehehe. Pincanha foi satisfazer 4 homens. Picanha boa essa, hein ô?!

Belo texto, Pão! Tá muito bem escrito, tá bem coeso e gostoso de ler.

O único porém é, como o Gio já falou, o final já ser sabido durante a leitura (no meu caso, foi por causa do título mesmo).

Parabéns!

Postado 03/09/16 13:00

Pão, que texto sensacional! HUAUHuhauhauhauhahuaa

Postado 12/10/16 12:06

SOCORRO AUSAUSHUAHSAUHSAUSHUASHAUHS

Confesso que eu até já sabia que o carinha tava é querendo uma carninha, mas o que me surpreendeu foi o lance dele estar em regime hahaha xD. Tava achando que seria alguém na hora do almoço e tals xD

Foi melhor que isso. Parabéns!

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