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Cap. 1: O começo de todos os dias.

"primeiro seja um sonhador, só assim estará preparado para a realidade."

Era assim o começo dos dias de Samer, acordando aos poucos, deitada em sua cama, olhando para o teto, esperando algo, tentando saber se tinha algo de diferente, nem que fosse consigo. Sentando na cama ainda indisposta, ás 9hrs da manha de um sábado, vinte e oito do onze de dois mil e quinze. Bufa ao ter pegado o celular, ainda vendo tudo turvo por ainda estar sonolenta e perceber que nada de novo aconteceu, a não ser a pagina de noticias. Uma tragédia atrás da outra.

Claro que ela queria ter tido uma percepção de mudança em sua vida, ali em uma mensagem amiga, ou saudações de um novo emprego disposto a uma entrevista á ela. "Não foi desta vez amiga!", pensa a sí, seguida de uma risada fraca soprada. Deixa o celular de lado, e levanta aos poucos. Samer tem certeza que tudo esta sem solução, que é com que faça-a ter muito mais preguiça de absolutamente tudo. Já odeia cozinhar, então isto esta a parte. Tirando todo esse "mimimi", tem muitos talentos e qualidades, so que claro, tem preguiça de usa-los. Acha que não vale a pena!

Caminha ate a cozinha esbarrando em algumas coisas, ao se aproximar escuta a voz de sua mãe já reclamando sobre algo que não conseguia assimilar de tanto sono. Samer prepara seu café, pegando leite, pão e manteiga, algo simples. Sua mãe vê a presença da menor e então a olha com um sorriso e diz:

- Bom dia doce de coco, dormiu bem? Suas olheiras estão horríveis! Samer! Ainda esta com insônia? - dispara todas as perguntas e afirmações, aproxima-se e continua. - Temos que resolver muitas coisas sobre o natal, ano novo, e seu presente... Suas primas querem algo sofisticado, será que elas sabem que todo o mundo é pobre aqui? Não tenho mais colhões pra isso... - Sua mãe solta o ar e continua, sem que Samer prestase a atenção no que dizia se distraindo pensativa com a palavra engraçada dita a poucos minutos atrás. "Colhões, qual será o significado mesmo? - banco de dados - pesquisar - 'colhões' - nada encontrado - Que droga! Eu sabia o que era.. Acho que é gíria.. Essa é extinta né?.. Ou testículos.. Ta difícil!" - Em quanto ainda pensava com a caixa de leite em mãos e uma cara de paisagem nível interferência de sinal, sua mãe lhe chama atenção:

- ... Porque você sabe que todo o mundo gosta quando sua madrinha toma algumas doses de tequila e sobe em cima da mesa e começa a dançar de um jeito... Sei la! Stripper! É, Stripper! Ta ouvindo Samer? De qualquer modo, preciso que veja o presente que deseja pra colocar no saco do papai Noel. - As duas riram fraco achando graça da piada de duplo sentido.

- Acho que não precisa colocar o meu mãe, coloque apenas os das crianças. - Ainda sorrindo sua mae se aproxima da menor colocando a palma de suas mãos em sua bochecha apertando-as, revelando um biquinho.

- Filha minha, todos nos precisamos de espirito natalino nessa casa - A mãe balança cabeça de Samer como positivo e continua - Ta ai uma coisa que precisamos mudar: Essa sua cara de morta minha filha, faça o favor e anime-se mais, porque se não, te obrigarei a ficar mais animada querendo ou não. - Ainda apertando suas bochechas sua mãe a beija na testa e sorri em um gesto carinhoso, em seguida a soltando.

- Hã... Tudo bem! Escolherei! - Ela sorri colocando as mãos sobre as bochechas em um gesto de dor, em seguida dando um gole em seu café com leite comum ainda frio.

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