Ela, de boba, amava a lua. Mas a lua amava o sol. E o sol com seu belo esplendor, amava a si só. Oras, a lua estava tão distante, mas ela achava que podia ser amada. O sol, tão distante da lua quanto ela, vivia sem vontade de a algo se agarrar. Ela observava a lua. Que por sua vez observava o sol. O sol, por sua vez, observava por observar. Ela esperava a lua, que por sua vez esperava o sol, que por sua vez nada estava a esperar. Ela teve um caso com a lua, e o sol ficou com ciúmes, então decidiu um fim nisso colocar. O sol encontrou a lua para um beijo poder lhe dar. E ela, sem chão, ficou do lado de cá. Ficou sem alguém para lhe amparar. Ficou por ficar.
E foi assim que a lua traiu Joelma.