Olá,
Quanto tempo, não? Desculpa-me por reaparecer assim, do nada,
Perdão por me intrometer, mais uma vez, na tua vida doída.
Sei que deveria apenas fingir que de ti não recordo,
Que não é doloroso, que sequer me importo...
Infelizmente, como bem sabes, não consigo ser assim,
Já voltei e te machuquei, inspirei em ti algo que não devia,
Fui tolo, recriei expectativas, fingi que da última vez algo tinha ido bem,
Mas, para quem?
Antecipadas, minhas desculpas.
Prometo que não me ressintirei se o "visualizar", desta vez,
Perdurar até que eu me esqueça do que te escrevi,
Até que eu me esqueça que senti
E que a memória seja, apenas, um breve resquício
Atordoado e retorcido do que foi, de fato, vivido
Prometo que todos xingametos que, por acaso, venhas a desferir
Serão prontamente recebidos,
Os escutarei, com vergonha, e lembrarei de todas as desfeitas que te fiz,
Prometo não pedir nada de ti
E considerar toda reação tua extremamente bem-vinda,
Prometo aceitar até a tua indiferença
Se por um acaso não quiseres nem demonstrar
O quão, fui, pessoa horrenda.
Prometo cumprir todas os versos
E todos os diversos prometidos...
Ou mandar tudo para o inferno
Se me servires de mais um sorriso
E trouxeres calma e alvoroço para esta alma
Alimentando um paradoxo sentimental
E dando ao coração o aval
Para desabar ao brilho e contorno,
Às tuas covinhas e ao formato de teu rosto,
Aos teus redentores olhos
E ao riso que estampado em ti
Me contagia procastinando toda finda alegria.