A mão esquerda de Deus
Está fragmentada entre os seus.
Peões eles são, pequenas peças
Idolatram falsos profetas.
Enquanto outros vêem parte
Da cruel verdade que é ser
Fraco e intimidado
Pelo poder tão caro.
À direita dela estão os louros
Dourados, usado por loucos
Ou talvez por aqueles
Que enxergam o raro.
A terra é estagnada, nessa luta
Entre cegos, enquanto
Os que enxergam desfrutam
De sua sadica luxúria.
O mundo há de tarde mudar,
Pois o relógio corre
E os personagens da história
Aos poucos morrem.
Novos surgirão e de novo
Lutarão pelo o que sobrar
Desse mundo que
Há muito é pouco.