Não digas nada
Aléxia
Tipo: Conto ou Crônica
Postado: 11/08/16 11:34
Avaliação: 9.76
Tempo de Leitura: 1min
Apreciadores: 10
Comentários: 4
Total de Visualizações: 1579
Usuários que Visualizaram: 22
Palavras: 174
Este texto foi escrito para o concurso "Origami" O origami é uma arte tradicional trabalhosa e que muitas vezes vem acompanhada de lendas sobre desejos e etc, então, porque não trabalhar sobre as diversas possibilidades presentes em apenas uma dobradura de papel? Ver mais sobre o concurso!
Não recomendado para menores de dezoito anos
Notas de Cabeçalho

Olá! Esta a minha história para o concurso organizado pela Julih das Brisas Conceição. Espero que gostem. Explicações encontram-se nas notas de Rodapé!

Capítulo Único Não digas nada

Ele levou-me naquela noite, bem longe dos murmúrios e luzes da cidade. Para aqueles bosques escuros e sombrios. E enquanto me acariciava o corpo e me rasgava a alma ia sussurrando para eu ficar. "És tão velha para continuar tímida" dizia sempre. E eu decidi ficar com ele naquela noite. Com medo de ser dilacerada por um lobo usando uma mascara familiar.

"Já és velha para continuar tímida" - dizia ele, então decidi ficar. Um coração jovem e puro fui quebrando e confundido a minha mente. Ficamos ambos em silêncio. Olhos bem abertos e em silêncio, como se fosse a cena de um crime.

Parece que tenho ossos frágeis. Mordo a língua e incendeio os meus sonhos. A voz é um fio descompassado nesta mente cheia de pensamentos e segredos. O passado não pode ser desfeito, e o tempo apenas nos ensina que estamos amaldiçoados

Aprende com quem temes.

Aprende com quem odeias.

Conta a lenda que se fizermos mil estrelas de origami podemos pedir um desejo que ele se irá realizar. Será que funciona?

❖❖❖
Notas de Rodapé

O texto fala sobre esturpro. Ao principio não parece nada de ofensivo ou que alguma coisa está "errada". O uso de palavras bonitas pode esconder muitas vezes uma situação pesada é proposital e serve para mostrar como a sociedade consegue sempre "esconder" o que quer e ou precisa.

Não contes é o título por uma única e simples razão: É sobre aquela pessoa a quem confiamos o nosso segredo horrendo e ela nos responde "Não contes, vais passar vergonha. Afinal não devias ter usado aquela saia".

Apreciadores (10)
Comentários (4)
Postado 11/08/16 14:45

Drama forte, Alé D:

Fui pega completamente por ti. Genial a ideia de usar palavras gentis. Boa sorte no concurso!

Postado 11/08/16 16:40

(estava quase terminando, aí a página atualizou e eu perdi o comentário ;-; mas vou escrever tudo de novo, com as mesmas palavras, porque esse texto merece)

Lindo, Kyu. Lindo não, maravilhoso. Não só pela ideia brilhante, mas por ter conseguido expressá-la de forma maravilhosa. Bela escolha de palavras, e boa combinação destas com o tema.

Não só teve uma ideia genial, como fez uma crítica incrível, de uma forma sensacional. As melhores opiniões são aquelas poderosas, com impacto, porém finas, chiques.

Uma obra muito bela, assim como a garotinha. Esse é um daqueles textos que todos deveriam ler, de verdade. Ainda estou tentando absorver essa criação, tão boa que me deixou até sem ar.

Não vou nem desejar boa sorte no concurso, pois esse texto dispensa comentários. Merece destaque definitivo no site, apenas.

Meus mais sinceros parabéns, Kyu. Você merece.

Postado 19/08/16 11:28

Texto muito bom, bem escrito e gostoso de ler. Parabéns!

E fui completamente surpreendido ao saber que era um estupro. Jamais diria.

Postado 19/11/17 21:29

Lil Sis... Primeiramente: saudades...

Eu confesso que imaginei algo como um assassinato sendo contado pelo espírito de uma criança, mas o real significado foi um tipo muito pior de morte... Um que vitima centenas, milhares de mulheres... Todo maldito dia.

E se o texto em si após a leitura das Notas Finais se torna ainda mais tenso e pesado, as mesmas são o golpe de misericórdia brutal no coração e na mente de quem teve o prazer (no sentido da qualidade literária e suavidade das palavras) de ler teu conto, Princesa de Coimbra!

Excepcional trabalho, belíssimo como a autora que genialmente o transcreveu da mente excelsa para o "papel"! Bravíssimo! Bravíssimo!

Atenciosamente,

Um ser surpreendido e orgulhoso da Lil Sis dele, Diablair.

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