Sentado no túnel do tempo
Observo o passado
E sinto teu olhar calmo
Que hoje descansa neste túmulo mofado.
Consumido por tua ausência
Quase fiz falecer minha essência.
Porém, de tua perda, tive uma experiência:
Poesia sem tristeza nunca encontra sutileza.
Sobre a mesa de plantas poéticas
Construo uma antologia
Com figuras desconhecidas
Que encontro pelas esquinas da vida.
Vejo um horizonte de ouvintes tão mais tristes
Reformando com vinho e poesia
O sentimento de alegria,
Enquanto inerte aparece, o padecer de minha dor.
Foi-se o tempo de pensar no tempo!
É o momento de deixar transbordar do peito
O vento, o tento, o medo,
O intenso verso do resto de meu universo.
Sendo Trovador
E construtor de um novo começo,
Incorporo a dor
Como um espírito companheiro.