Oh, dor!
Fez-me trovador.
Declamo versos
Aos velhos quietos
Cansados de amar
E aos jovens inquietos
Busca(dores) de amores.
Dou ao público
O adorno de meu espírito:
A dor,
Que quando vista por bons olhos
Torna-se os versos mais belos.
Há quem diga,
Que a dor é inimiga,
Porém, questiono:
Não seria, porventura, a dor
Uma amiga que nos ensina
O que a alegria tenta esconder?
A dor nos ensina a vi(ver)
Sem enganações,
Ela é um livro aberto
Claro e concreto.
O destino me deu poesia,
Contudo, escolhi ser a dor
Que rodeia minh'alma perdida,
E busco em sua sabedoria
Experiências para a vida.
A dor, fez-me trova(dor)
E provador das vestes líricas,
sou criador de poesias.